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A Análise do Comportamento é uma abordagem para a compreensão e a investigação do comportamento, desenvolvida por Burrhus Frederic Skinner (1904-1990). A partir de seus estudos sobre aprendizagem, iniciados na década de 1930, Skinner desenvolveu uma perspectiva própria sobre o comportamento: a conduta de qualquer organismo seria dependente de sua relação com o ambiente, sendo que as "causas" do comportamento deveriam ser encontradas no contexto, e não em variáveis metapsicólogicas, como a mente ou o inconsciente. 

O Behaviorismo Radical, filosofia subjacente à Análise do Comportamento, propõe uma visão selecionista e relacional, focada nas interações organismo-ambiente, seja tal ambiente físico, social ou cultural. Em vez de buscar causas iniciais, o analista do comportamento sempre se pergunta: "sob controle do que aquele sujeito se comporta da maneira como se comporta?" Nas palavras de Skinner (1974), trata-se "quase literalmente de virar pelo avesso a explicação do comportamento".

No Brasil, a Análise do Comportamento começou a ser lecionada a partir de 1961, com a vinda do professor e pesquisador Fred S. Keller, que foi colega de Skinner e autor de um dos manuais mais conhecidos sobre a Análise do Comportamento ("Princípios de Psicologia", em conjunto com Schoenfeld). Nessa época, em algumas universidades do país, começaram a ser ensinados conceitos de Análise do Comportamento na disciplina de Psicologia Experimental.

Nos dias de hoje, as pesquisas em Análise do Comportamento perpassam diversos campos. A psicoterapia (e.g., terapias comportamentais, contextuais e analítico-comportamentais), o tratamento precoce de alguns transtornos (e.g., Análise Aplicada do Comportamento), questões sociais e políticas são estudadas a partir da filosofia behaviorista radical, e dos estudos empíricos conduzidos pelo viés analítico-comportamental.

No Rio Grande do Sul, a Análise do Comportamento ainda é pouco estudada. Considerando a relevância cientifica e social desta abordagem, um dos  objetivos do 2º Encontro de Estudantes Brasileiros de Análise do Comportamento é ampliar o conhecimento do público estudantil gaúcho acerca de temas atuais em Análise do Comportamento.

Esperamos você aqui!

 


Leituras recomendadas:

 

Carvalho Neto, Marcus Bentes de. (2002). Análise do comportamento: behaviorismo radical, análise experimental do comportamento e análise aplicada do comportamento. Interação em Psicologia, 6, 1, 13-18. doi: http://dx.doi.org/10.5380/psi.v6i1.3188.

 

Micheletto, N., & Sério, T. M. A. P. (1993). Homem: objeto ou sujeito para skinner?. Temas em Psicologia, 1(2), 11-21. Recuperado em 24 de janeiro de 2016, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X1993000200003&lng=pt&tlng=pt.


Skinner, B. F. (1974). About behaviorism. New York: Alfred Knopf.

Skinner, B. F. (2007). Seleção por conseqüências. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 9(1), 129-137. (http://www.usp.br/rbtcc/index.php/RBTCC/article/view/150/133).

 

Todorov, J. C., & Hanna, E. S. (2010). Análise do Comportamento no Brasil. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 26,  143-153.  (http://www.scielo.br/pdf/ptp/v26nspe/a13v26ns.pdf)

 

Tourinho, Emmanuel Zagury. (2003). A produção de conhecimento em psicologia: a análise do comportamento. Psicologia: Ciência e Profissão, 23(2), 30-41. Recuperado em 24 de janeiro de 2016, de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932003000200006&lng=en&tlng=pt.

 

 

 

 

 

 

"Os homens agem sobre o mundo,

modificam-no, e, por sua vez, são

modificados pelas consequências

de sua ação". 

 

Skinner (1957), em O Comportamento Verbal

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